Em Albergaria-a-Velha, no dia 27 de Outubro, realizou-se a ação de demonstração “Estratégia de Controlo do Gorgulho-do-Eucalipto” organizada pela FORESTIS, AFBAIXOVOUGA e CELPA, que contou com 18 participantes entre proprietários e técnicos florestais e investigadores.

A FORESTIS, enquanto líder, realizou o enquadramento do projeto e forneceu uma breve explicação sobre as principais atividades que se encontram em desenvolvimento no Grupo Operacional FITOGLOBULUS. O RAIZ mostrou exemplares do gorgulho-do-eucalipto e do Anafes nitens, explicando a sua biologia e em que consiste o controlo biológico. Mencionou, também, que existem outras pragas que afetam o eucaliptal, nomeadamente a nova praga, Trachymela sloanei.

O ICNF apresentou a nova versão do Plano de Controlo do gorgulho-do-eucalipto, recentemente publicada, destacando o seu alinhamento com Sub-Programa Operacional de Sanidade Florestal do Eucaliptal e os contributos que o Grupo de Trabalho do Eucaliptal tem efetuada. Sensibilizou para as questões legais anteriores à aplicação de inseticidas e para as medidas de apoio e financiamento disponíveis, nomeadamente, no Programa Nacional de Monitorização do qual a FORESTIS participa através da realização de ações de monitorização do estado fitossanitário da floresta.

A AFBAIXOVOUGA destacou a importância da gestão conjunta das áreas para o controlo de pragas, como o gorgulho-do-eucalipto. Enquanto, o RAIZ estabeleceu a relação entre os diferentes graus de ataque da praga e a gestão florestal, realçando o facto de nos últimos dois anos ter havido um maior ataque no outono do que na primavera como era habitual.

A empresa responsável pela aplicação de inseticida, a convite da CELPA, abordou as boas práticas que se deve ter na usa aplicação, chamando a atenção para toda a preparação necessária e para as condições meteorológicas ideais. No final, foi realizada uma demonstração de aplicação do inseticida no terreno, com recurso a água.

Durante a sessão, foi visitado um eucaliptal atacado pelo gorgulho-do-eucalipto, onde se pôde também observar as diferentes fases de desenvolvimento do próprio inseto. Ao longo da sessão, os oradores esclareceram diversas questões relacionadas com as boas práticas de gestão florestal, que se aplicam atualmente no eucaliptal, a dispersão do inseto e o seu impacto económico.